Cirurgia bariátrica: mitos e verdades
Separamos as principais dúvidas sobre o procedimento para o paciente conhecer os benefícios da
bariátrica longe das Fake News
Não é à toa que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países que mais realizam
bariátricas no mundo. Além do crescimento no número de operados, a popularidade do
poderoso procedimento também traz muitas dúvidas sobre sua ação no organismo.
Isto se deve principalmente ao bombardeio de informações que surgem nos canais de
comunicação a todo momento e que fazem com que muitas pessoas sejam vítimas de
informações distorcidas ou das famosas “Fake News”.
É verdade que não há risco de engordar depois? Qualquer pessoa pode fazer? Eu nunca mais
vou poder comer à vontade?
Estes são três exemplos das principais questões que são expostas todos dias dentro e fora do
consultório e partilham da mesma resposta: não.
Antes de realmente se submeter à bariátrica, há informações que não podem ser deixadas de
lado pelo paciente. Por isso, separamos os principais mitos e verdades sobre as bariátricas
para você cuidar da sua saúde, sem cair em falsas informações:
– Qualquer pessoa acima do peso pode bariátrica – MITO.
A OMS recomenda que a sua realização seja feita por pacientes com IMC entre 35 e 40 com
comorbidades ou IMC maior que 40 independente da comorbidade.
– Há riscos de a pessoa trocar o vício de comer por outro – VERDADE.
A absorção do álcool, por exemplo, se torna mais rápida após a cirurgia, porém o
desenvolvimento do vício só afeta cerca de 2% dos operados.
– A “nova bariátrica” é tão eficaz quanto a tradicional e ainda dispensa cirurgia – MITO.
A gastroplastia endoscópica, que reduzir o tamanho do estômago, não é reconhecida pelo
Conselho Federal de Medicina (CFM) como tratamento eficaz para o emagrecimento.
– Bariátricas são mais arriscadas do que outras cirurgias – MITO.
A anestesia e as técnicas utilizadas evoluíram muito e atualmente seus riscos são os mesmos
de uma cesárea ou da retirada da vesícula.
– A bariátrica pode curar e/ou melhorar doenças graves – VERDADE.
Devido à grande perda de peso após a cirurgia, muitas doenças resultantes da obesidade
podem ser curadas.
– É necessário fazer uma dieta rígida após a cirurgia: VERDADE.
O paciente será submetido a uma dieta líquida, que progredirá a pastosa, depois branda e, em
cerca de mês, poderá voltar a comer praticamente tudo.
É importante ressaltar que os resultados, restrições e algumas recomendações podem variar
de acordo com o quadro do paciente, que deverá ser cuidadosamente analisado antes e após
a cirurgia.